Por Sidney Ferrér
Growht hacker e DPO da S4 MKT
Na era digital, as informações baseadas em dados são primordiais para o sucesso das empresas. Na verdade, estão se consolidando no eixo central das decisões dos gestores. Mas afinal? Do que estamos falando aqui? De segurança, gestão administrativa, RH, vendas, de dados ou marketing? Acredite: de tudo isso e muito mais.
Nesse cenário, não há dúvidas de que a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados veio para ficar e será de suma importância não só para a segurança e transparência dos dados, bem como a conscientização de empresas e consumidores e o respeito a privacidade.
Será um processo lento, mas como tudo na era digital: não tem volta, apenas upgrades.
Já em vigor, a LGPD promoverá uma verdadeira hecatombe no modo das empresas coletar, armazenar e gerenciar as informações de seus clientes (internos e externos). A LEI trás novas regras e requisitos de procedimentos, tornando as empresas diretamente responsáveis por manter todos os registros sensíveis dos usuários (incluindo aí colaboradores e fornecedores da cadeia), sempre seguros e inacessíveis a terceiros.
Na prática meus amigos e inimigos (rs) isso significa, (pelo menos por enquanto) que não importa se você é uma banca de jornal ou um montadora de automóveis, pois toda empresa que utilizar registros pessoais em suas operações está OBRIGADA a avaliar a segurança das informações de maneira viral e sistemática em suas operações.
Para você que está procrastinando este assunto – e posso afirmar que são no mínimo 80% dos empresários do país (outros 10% estão tentando driblar a LEI ou não acreditam no sucesso da mesma) – as multas podem chegar a 2% do faturamento das empresas, mas quando falamos de marcas fortes, isso não representa quase nada diante da reputação imaculada das marcas ou a possibilidade de encerramento das operações. Sim. A LEI prevê isso!
Embora vivamos em um mundo conectado e com e-consumidores cada vez mais empoderados de seus direitos e a garantia de proteção aos dados seja um direito constitucional, o tema não se trata de uma questão tecnológica, de marketing digital e tem sua origem na captação de dados físicos.
Desta maneira, os gestores precisam de fato se conscientizar que a segurança de dados não pode ser mais encarada como um tema a parte das inovações, do dia a dia da operação e muito menos dos resultados absolutos da imagem e dos negócios.
A LGPD está longe de ser um problema para as empresas. Na verdade, ela irá separar gigantes de meninos, profissionais de amadores, empresas sérias de medíocres quando se coloca o CLIENTE/CONSUMIDOR em primeiro lugar. Para quem entende do riscado e está imerso na Cultura da Transformação Digital isso se chama: OPORTUNIDADE DE DISRUPTURA.