LGPD: o “jeitinho brasileiro’’ ou a “Lei de Gerson”?

Por Sidney Ferrér.

 

É crucial abordar uma questão quando falamos em LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): a diferença entre aparentar conformidade e efetivamente cumpri-la. Aliás, uma missão quase impossível. O status ideal e correto, na minha humilde opinião, talvez fosse: adequar o máximo possível.   

Infelizmente, como é praxe do ‘’jeitinho brasileiro’’  – e absolutamente não me abstenho de boa parte deste vício – observamos que a maioria das empresas e profissionais, quando têm ciência da Lei,  optam por transmitir uma “aparência de legalidade”, realizando ajustes superficiais como modificações contratuais e atualizações no site, enquanto negligenciam aspectos fundamentais já impostos em nível de conscientização (mal feita, é verdade) por parte da ANPD – Agência Nacional de Proteção de Dados.

Quem tem mais de 40, conhece a Lei de Gerson – uma norma não-escrita – não oficial, segundo a qual a pessoa que gosta de levar vantagem em tudo e aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas, morais ou legais, é “esperta”!  O auge da disseminação desta ideia ocorreu com a campanha dos cigarros Vila Rica, com o protagonista Gerson, da seleção brasileira…e pegou! Depois, como tudo o que é ruim neste país, evoluiu para o “jeitinho brasileiro”.

No caso da LGPD, a “Lei de Gerson’’ é um comportamento frequentemente motivado pela pressão de contratantes (controladores), ao invés de visar garantir a real proteção de dados.  Sem conscientização real sobre a LGPD, ‘’Eles’’ incitam alterações contratuais, pequenos ajustes nos Sites e nas políticas de privacidade e transformam estas ações em estratégias comuns para quem busca maquiar a conformidade, promovendo o tal: jeitinho brasileiro.

Em tempo, a LGPD, estabelece princípios como a boa-fé, a transparência e a informação, que são essenciais para uma adequada gestão de dados pessoais. Ao optar por uma conformidade superficial, as empresas não só violam estes princípios, mas também demonstram uma espécie de desdém pelos consumidores, colaboradores e o mercado em geral (sem falar na Lei) e se expõem a riscos absurdos para a sobrevivência do negócio, incluindo multas e até o encerramento de suas atividades.

Portanto, a dica do growth hacker e encarregado de dados da S4 Marketing de Resultados – Sidney Ferrér – para você que acompanha a série “100 dicas da LGPD “:  Pare com este negócio de jeitinho brasileiro!

Nós, empresários e empreendedores deste país, somos melhores que isso! Busque a verdadeira conformidade. Mesmo que o processo seja gradual e lento, é essencial fazer o que deve ser feito, evitando soluções paliativas, ‘’jeitinhos’’ e superficialidades. Lembre-se: o ‘’barato pode sair caro’’ e esta máxima nasceu muito antes da Lei de Gerson.

A S4 MKT, possui um núcleo específico para a adequação à LGPD de seus parceiros, e está comprometida em orientar empresas e negócios em sua jornada de conformidade e conscientização sobre a Lei com uma abordagem simples, prática, e que engaja os seus colaboradores. Fale conosco!

 

Sidney Ferrér é Growth Hacker da S4MKT, empresário, escritor, palestrante, MBA em Gestão, Negócios e Desenvolvimento de Equipes. Diretor de artes e vendas. Reitor da Escola de Inovação Aberta.